New Orleans, 15 de junho de 2011 às 23:57
Estou mandando esta mensagem para que alguém consiga entender o que anda acontecendo! Estou sendo perseguida! Algo muito ruim está acontecendo conosco!
Lembram do sonho anterior que contei, de ser afogada pelas minhas amigas? Pois bem, depois desse dia, tenho pesadelos terríveis a cada dia, mas essa história contarei mais em breve. Vejam o que aconteceu comigo agora há pouco.
Fomos dormir por volta das 21:00. Estavamos muito cansadas. Ouvi Renata respirando fundo, sinal que já tinha pego no sono e eu dormi logo em seguida.
Tive mais um daqueles pesadelos terríveis. Sonhei que estava na casa de Sara e que Lívia esmurrava a porta desesperadamente tentando nos atacar. Quando ela finalmente quebrou a porta eu acordei. Mas quando acordei tive a pior sensação da minha vida.
Senti que havia alguém deitado ao meu lado. Estava escuro, e não conseguia ver quem era. Pensei que fosse a Renata, mas quando toquei em seu braço, senti a pele gelada nos meus dedos. O corpo começou a se mexer lentamente, como se estivesse dormindo. Sentei na cama e tentei sair devagar, para que essa coisa não me notasse. Quando estava quase saindo da cama, senti uma mão gelada pegar meu calcanhar. Ela me puxava para a cama enquanto eu me debatia para me livrar dela.
Gritei por socorro e Renata me ouviu. Ela não teve tempo de gritar: Veio em minha direção e pegou uma caneta e começou a cravar nas costas daquela coisa. Depois da primeira apunhalada, o ser de longos cabelos deixou que víssemos sua face: Era Lívia, possuida por algo que não consigo descrever, com olhos vermelhos de sangue e pele pálida e destruida.
Mas na segunda apunhalada quem gritou fui eu. Ela avançou em minha perna e começou a morder meu tornozelo. Eu gritava de dor enquanto tentava arrancar aquela coisa da minha perna. Parecia um cão faminto abatendo uma presa. Quando consegui sair, notei que minha perna sangrava muito, e um pedaço de pele estava na boca daquele ser. Renata desferiu um último golpe que cravou a caneta no pescoço daquilo que era Lívia. Um sangue negro jorrava pelo pescoço manchando as paredes do quarto.
O ser se jogou pela janela. O barulho acordou os outros hospedes e dois seguranças vieram nos ajudar. Contamos a história mas eles não acreditaram. Ouvi alguém falando baixinho que achava que estavamos fazendo alguma orgia sangrenta no quarto, e que isso é comum entre os turistas de New Orleans. Resolvemos ignorar.
Passei alcool em minha perna e fiz um curativo, mas tenho que esperar amanhecer para ir ao médico. Não vou mais conseguir dormir no quarto. Renata está limpando o sangue que ficou espalhado pelo quarto para tentarmos pensar em um plano de sobrevivência desses seres deminíacos.
Publicado por: Maria A. C.
0 comentários:
Postar um comentário