domingo, 30 de junho de 2013
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John List
Nascido em uma família religiosa e super protetora, John Emil List viveu sua infância no fim da década de 20. Sua mãe não o deixava ir a rua brincar, temendo que ele se sujasse ou mesmo se machucasse. O menino lia a Bíblia todos os dias com ela e era mal tratado pelo pai.
John participou da Segunda Guerra Mundial, porém jamais foi a luta realmente, nessa mesma época seu pai faleceu, porém ele se quer derramou uma lágrima.
Após se formar na faculdade, List conhece Helena uma mãe viúva, mas apesar disso ele gostou dela de verdade e os dois acabaram por se casar logo. Rapidamente conseguiram uma boa vida e graças ao ótimo emprego de John, puderam comprar uma bela casa e manter os três filhos que tiveram de maneira bastante estável.
Contudo a boa vida não durou muito e John foi demitido, dessa maneira começou a se endividar, sem nunca conseguir se manter em um empregou ou ganhar tão bem quanto ganhava. Em pouco tempo a família estava totalmente endividada e mal conseguia pôr o que comer na mesa.
Com essa situação John começou mentir, saindo de casa todos os dias como se fosse trabalhar, mas passava o tempo todo em uma estação de trem, pois tinha vergonha de sua família. Vendo isso, John resolveu bolar um plano para mudar de vida, mas para isso certas coisas tinham de serem feitas…
Anatomia de um assassinato
O ano era 1971, o dia era 5 de novembro, quando John, sentou com seus filhos na mesa da cozinha e perguntou a eles, como se fosse algo bastante comum:
- Quando morrerem, preferem ser cremados ou enterrados?
A resposta das crianças foi que preferiam serem enterrados. Sem mais nada para dizer, List levantou-se e saiu de casa.
Quatro dias após, John acordou e sentou-se a mesa para tomar café com sua família. Parecia ser uma manhã normal, os filhos dele saíram antes das oito para escola, ficando na casa apenas ele, sua esposa e sua mãe, uma senhora de 84 anos.
Calmamente John foi até sua garagem, onde ele guardava uma 22 e uma pistola 9mm, armas que trouxera da guerra. Com grande habilidade ele as checou e as deixou preparadas. Caminhando lentamente, sem fazer nenhum barulho, chegou bem próximo à cadeira de sua esposa e ergueu vagarosamente o braço que carregava a arma.
Quando a arma estava apontada para a cabeça de sua mulher, John puxou o gatilho e pedaços do cérebro de Helena se espalharam sobre a mesa e o pão, criando uma cena horrível e sanguinária.
Como se nada estivesse acontecendo, John andou até o lugar onde estava sua mãe, olhou a velha nos olhos e mirou sua arma, bem no meio do rosto da coitada, que tremia e implorava por sua vida. Mas ele estava decidido e num impulso macabro disparou à arma, acertando o olho esquerdo a mulher, que caiu morta.
List rapidamente pegou panos, água e alguns produtos de limpeza e arrumou toda a casa, deixando-a limpa e apagando todas as evidências do crime macabro que cometera. E ainda achou tempo para deixar um bilhete que dizia: “Minha mão é muita pesada, então a deixei no closet.”
Depois disso, John saiu de casa com sua melhor roupa para resolver algumas coisas, sacou dinheiro, passou na escola das crianças para avisar que eles não iriam por uns tempos. Quando chega a casa, ele comeu alguma coisa, limpou a louça e sentou, esperando suas próximas vítimas.
Os primeiros a chegarem em casa são Patricia e Frederick, 16 e 13 anos respectivamente. Tudo aparentava estar normal e os dois sentaram-se para comer, porém mal sabiam que era sua última refeição da vida.
Antes que os dois percebessem, John se aproximou por suas costas e disparou sua arma, matando um de cada vez, mas de maneira bastante rápida e eficiente. Agora só faltava o um filho, o último que teria o cérebro espalhado pela casa com uma bala na cabeça.
Quando John Jr. entrou, List esperou ele sentar-se, pois queria fazer a mesma jogada contra ele, porém dessa vez o rapaz reagiu e os dois brigaram, contudo no fim o pai venceu e de raiva, disparou dez vezes contra o menino no chão.
Após isso, ele vai ao quarto e passa mal, vomitando por todo o chão, mas logo se recupera, escreve uma carta contando tudo e dizendo que Deus o perdoaria, pois tinha feito à coisa certa naquele momento.
Depois disso John sumiu e a Polícia jamais encontrou nenhuma pista dele, apenas um caixa de correspondência onde ele recebia pornografia e coisas do gênero. Com o tempo ele tornou-se apenas uma memória macabra na vida da pacata cidade, que havia ficado dez anos sem ver um crime de homicídio e agora convivia com um assassinato diabólico.
Assassino encurralado
Dezoito anos se passaram, sem jamais John List ser encontrado, tanto que seu caso foi fechado e a Polícia nem pensava mais nisso. Porém o programa America’s Most Wanted (mais ou menos um Linha Direta americano) resolveu apresentar o caso certo dia.
Para isso pediram que um artista, junto com o uso de tecnologia, fizesse um busto do procurado, como ele estaria na data do programa, afinal as fotos eram velhas, o que iria dificultar a identificação. Para sorte, o busto ficou perfeito e rapidamente centenas de pessoas ligaram denunciando o assassino:
John List a esquerda, busto a direita
John foi preso, sobre o nome de Robert Peter Clark, como era chamado por sua nova esposa, que o defendeu dizendo ser um homem decente e crente na lei de Deus. Ele até tentou negar tudo, mas depois de um tempo confessou as mortes e foi julgado pegando cinco perpétuas, uma por cada morte.
Ele morreu em 2008 na prisão e foi enterrado ao lado da mãe que matara. Antes de sua morte, John alegou que matou a mãe, pois havia prometido ao seu pai que cuidaria dela até seu fim e não a deixaria sofrer…
Fonte: Mini Lua
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